Uma das discussões que tem mobilizado muitos investidores brasileiros ao longo das últimas semanas é o reflexo das eleições nas empresas que possuem o governo como sócio.
Após algumas declarações feitas pelos candidatos mais cotados para a presidência, Lula e Bolsonaro, o mercado compreende que um desses tende a ser benéfico para o investimento em estatais e outro tende a ir na direção contrária.
Com base no que vimos e no que foi continuamente comentado durante o governo de Jair Bolsonaro, o intuito do mesmo, caso reeleito, é seguir com a privatização das estatais. Durante seu mandato, a Eletrobras (ELET3;ELET6) foi a principal desestatização realizada, a qual movimentou bilhões de reais e fez com que as ações fossem bem apreciadas.
Os rumores indicam que a ideia é que ao longo dos próximos quatro anos, caso o atual presidente se mantenha no poder, a Petrobras (PETR3;PETR4) seja o próximo alvo do programa de desestatização.
Em contrapartida, com base no que foi anunciado pelo ex-presidente Lula, caso eleito, ele pretende levantar a função social prevista no estatuto social das estatais. Diante do exposto na mídia, o ex-presidente acredita que estatais, como o Banco do Brasil (BBAS3) não deveriam ter o lucro que tem e deve ser “enquadrado” para não se comportar como um banco privado.
Sabendo disso, é evidente que a tendência para as estatais deve mudar conforme as eleições forem se aproximando. Se o ex-presidente Lula permanecer como favorito, é provável que vejamos uma pior performance das ações de empresas estatais. Por outro lado, caso o cenário mude e Jair Bolsonaro passe a liderar as pesquisas, a tendência é que as ações de empresas estatais tenham uma performance melhor.
Fez sentido?
Grande abraço e bons investimentos,
João Pedro Mello
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