AMBEV (códigos Bovespa: ABEV3)
RESUMÃO – Resultados 4T17:
(Data de divulgação: 01 de Março/2018)
(Dados retirados do site de RI)
Pontos POSITIVOS:
– Receita operacional líquida (ROL):
A receita líquida apresentou sólido aumento de 14,7% no 4T17, impulsionada por crescimento em todas as operações da AMBEV: Brasil (+13,8%), América Latina Sul (LAS) (+22,6%), América Central e Caribe (CAC) (+15,0%) e Canadá (+1,3%). No Brasil, os volumes cresceram 2,9%, enquanto a receita líquida por hectolitro (ROL/hl) aumentou 10,7%. Na LAS, os volumes cresceram sólidos 5,8% e a ROL/hl subiu 15,9%. Na CAC, a ROL/hl cresceu 8,3% e, enquanto o volume cresceu organicamente 4,3%, o volume reportado aumentou 30,1%, como resultado da troca de ativos realizado com a Anheuser-BuschInBev SA (ABI) e operações no Panamá. E, no Canadá, a queda de volume de 0,7% foi mais do que compensada por um aumento da ROL/hl de 1,9%.
Em 2017, a receita líquida aumentou 9,6%, impulsionada por um crescimento no Brasil (+5,6%), na LAS (+26,1%) e na CAC (+8,8%) junto com um desempenho estável no Canadá (+0,2%). No consolidado, o volume aumentou 0,9% e a ROL/hl cresceu 8,5%.
– EBITDA, Margem Bruta e Margem EBITDA:
O EBITDA ajustado foi de R$ 7.296 milhões (+22,0%) no trimestre, com uma expansão de 1,7 p.p. da margem bruta e 2,9 p.p. da margem EBITDA. Em 2017, o EBITDA foi de R$ 20.148 milhões (+7,9%), mas obteve redução de 1,3 p.p. da margem bruta e redução de 0,7 p.p. da margem EBITDA.
– Fluxo de caixa operacional e CAPEX:
O fluxo de caixa das atividades operacionais chegou a R$ 8.901 milhões no trimestre e a R$ 17.874 milhões no ano, o que representa um aumento de 44,8% quando comparado ao resultado de 2016. Os investimentos em CAPEX totalizaram R$ 1.166 milhões no trimestre e R$ 3.204 no ano, diminuindo 22,5% ano contra ano.
-Endividamento:
Em 31 de dezembro de 2017,a AMBEV apresentou uma posição líquida de caixa de R$ 7.811,6 milhões (acima dos R$ 2.763,3 milhões em 31 de dezembro de 2016). A dívida consolidada totalizou R$ 2.553,1 milhões, enquanto caixa e equivalentes de caixa líquido da conta garantida somaram R$ 10.352,7 milhões, acima dos R$ 7.876,8 milhões em 31 de dezembro de 2016.
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Pontos NEGATIVOS:
– Custo dos produtos vendidos (CPV):
No 4T17, o CPV e o CPV excluindo depreciação e amortização aumentaram, respectivamente, 9,3% e 10,3%. Em uma base por hectolitro, o CPV aumentou 5,6% e o CPV excluindo depreciação e amortização cresceu 6,6%. Em 2017, o CPV e o CPV excluindo depreciação e amortização aumentaram 13,4% e 14,2%, respectivamente. Em uma base por hectolitro, o CPV aumentou 12,2% e o CPV excluindo depreciação e amortização cresceu 13,0%, principalmente devido ao câmbio desfavorável no Brasil e na LAS.
– Despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A):
No 4T17, o SG&A e o SG&A excluindo depreciação e amortização aumentaram 15,7% e 15,1%, respectivamente, principalmente devido a maiores despesas administrativas. Em 2017, o SG&A e o SG&A excluindo depreciação e amortização aumentaram 6,1% e 6,3%, respectivamente, em linha com a inflação média ponderada dos países que a AMBEV opera(aproximadamente 6,1%).
– Provisão para imposto de renda e contribuição social:
Em 2017, a alíquota efetiva de impostos foi de 39,3%, comparada a 2,4% em 2016, aempresa não só enfrentou uma base de comparação difícil, mas também foi impactada por outro ajuste fiscal não recorrente de R$ 2.784,7 milhões relacionado ao Programa de Regularização Tributária Federal (PERT). Conforme anunciado em 29 de setembro de 2017, a empresa aderiu a um PERT, envolvendo contingências tributárias em disputa, incluindo contingências relacionadas ao imposto de renda e contribuição social sobre os lucros. O valor total a ser pago é de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 1,0 bilhão já foi pago em 2017 e o restante será pago em 145 parcelas mensais a partir de janeiro de 2018, acrescido de juros. Estas despesas de impostos afetaram diretamente o lucro líquido da AMBEV no 4T17 e em 2017 conforme apresentaremos a seguir.
– Lucro líquido:
A AMBEV apresentou um lucro líquido de R$ 3.299 milhões no 4T17, 31,7% menor do que no 4T16, enquanto ajustado por itens não recorrentes, o lucro liquido cresceu 23,2%, atingindo R$ 4.506 milhões. Em 2017, o lucro líquido diminuiu 40,0% para R$ 7.851 milhões, enquanto ajustado pelos itens não recorrentes, o lucro líquido aumentou 2,1% para R$ 12.200 milhões, com o crescimento do EBITDA e a redução de despesas financeiras parcialmente impactadas por uma maior alíquota efetiva de impostos.
Conclusão sobre os resultados:
Parece que a inflexão de resultados de Ambev apareceu no 4T2017. A empresa, embora tenha sido sempre bastante lucrativa, teve problemas de crescimento de Vendas durante os anos de recessão econômica e esse momento parece ter ficado para trás. O aumento da venda de hectolitros de bebidas demonstra que a população como um todo começou a consumir novamente o produto de Ambev.
Durante os últimos dois anos, Ambev teve muitas dificuldades, principalmente de manter sua margem bruta. O custo do hectolitro subiu muito acima da Receita da empresa o que reduziu as margens como um todo. A alta das despesas administrativas também assusta.
Embora, a empresa tenha tido alguns desses problemas, Ambev permanece com um endividamento bruto bastante baixo e com uma forte posição de Caixa que permitiu à Companhia pagar R$ 1 bilhão do programa de regularização tributária.
Cabe ressaltar que dificilmente a receita líquida da empresa conseguirá crescer acima do PIB brasileiro, visto que a companhia já possui 70% do mercado e alcançar novos mercados torna-se cada vez mais difícil. Por isso, a possibilidade para Ambev diversificar seu mix de produtos e alcançar um crescimento mais próximo com o dos anos de 2000 a 2013 seria investir nos outros países, aumentando assim a receita em moeda estrangeira ou investir em produtos premium aqui dentro do Brasil.
De qualquer forma, a gestão da companhia é tão competente que mesmo com uma possibilidade de crescimento pequena, a empresa opera a R$ 24,00 tendo um lucro líquido em 2017 de R$ 0,74, ou seja, P/L superior a 32. Na minha visão é uma ótima empresa, mas já precificada. Dificilmente compraremos essa companhia em um preço baixo, a não ser em períodos de crise sistêmica.
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Daniel Nigri (analista CNPI)
Com a ajuda de Leo Bittencourt
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