2020 está chegando ao fim. Um ano em que aconteceram diversas coisas em um espaço de tempo, de certa forma, curto. Caso você tenha ficado, neste ano, uns três dias sem olhar a internet, por exemplo, pode ter certeza que você perdeu muitos acontecimentos e, após isso, teria que se inteirar sobre vários assuntos.
Um exemplo disso foi o Big Brother, em que os participantes entraram com o mundo em estado normal e vários saíram no meio da pandemia, sem poder ver alguns de seus amigos, familiares e sem aquelas presenças vips em shows que, provavelmente, tanto queriam.
Voltando para o mercado acionário, esse ano foi marcado por recordes históricos no início do ano, quedas abruptas em março, volta dos preços também em tempo recorde e, após isso, renovações de máximas históricas no S&P 500.
Essas renovações de máximas vieram, principalmente, puxadas pelo setor de tecnologia, que mostraram uma recuperação mais veloz e até benefícios decorrentes da pandemia do coronavírus.
No momento em que escrevo este relatório, o S&P 500 tem uma alta de mais de 14% no ano, a Nasdaq cresce mais de 40% (impressionante) e o Dow Jones com mais de 5% de crescimento.
No meio de toda essa alta, a pergunta óbvia que todos fazem é: o mercado já está muito esticado ou ainda tem espaço para crescer no ano que vem? (Lembrando que, como vamos falar do contexto global, acredito que seja mais plausível, até para simplificação, usarmos apenas os índices das bolsas americanas, que contemplam as maiores empresas do mundo).
Para responder essa pergunta, vou usar não só a minha opinião, como a de alguns analistas, empresas e entidades pelo mundo.
Segundo dados do FactSet, com a média das opiniões dos analistas consultados, a previsão é de que o S&P 500 alcance a marca de 4.027,21 até o final de 2021, o que representaria um crescimento de 9%.
Fonte: FactSet
Se essa projeção vai se concretizar, só no final de 2021 que saberemos. O que sabemos, neste momento, é que, mesmo com a pandemia e o S&P 500 registrando mais de 14% de valorização em 2020, diversas empresas de setores tradicionais ainda estão com uma queda grande, ao contrário de empresas mais voltadas para tecnologia, como vimos acima, já que a Nasdaq é composta essencialmente por essas companhias.
Como exemplo desses casos citados, podemos falar da famosa loja de departamento americana Macy’s, que amarga 36% de queda apenas em 2020.
Fonte: Macrotrends
Do lado da tecnologia, podemos citar o Spotify, que registrou valorização de quase 120% em suas ações neste ano.
Fonte: Macrotrends
Para continuar na área de tecnologia, o Wells Fargo divulgou algumas previsões para 2021, e nelas concluiu que a Tesla, cujas ações subiram 690% apenas em 2020, pode se tornar a nova AOL, que assim como a Tesla tinha tecnologia revolucionária, desempenho incrível e também entrou no S&P 500 em dezembro, após alto e rápido crescimento das ações no fim da década de 90.
Suas ações começaram a ruir por não conseguir acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas, lembrando que na última semana a Apple divulgou que pretende concorrer com a Tesla, lançando carro autônomo até 2024. Não só isso. Diversas empresas também estão mostrando força no segmento de veículos elétricos, como por exemplo, a General Motors.
Ainda no Wells Fargo, o banco também acredita que os vencedores de 2021 serão bem diferentes de 2020, com os investidores diminuindo a mão nas empresas de tecnologia e optando cada vez mais por empresas mais tradicionais, que de fato foram as mais penalizadas neste ano.
Por último, o FMI divulgou um gráfico com a dívida pública das principais economias e afirmou que os governos não devem retirar, tão cedo, os apoios dados, já que muitos trabalhadores continuarão desempregados e muitas empresas, principalmente as pequenas, também vão continuar a ter muitas dificuldades pela frente.
Em minha opinião, a maioria desses dados, como a previsão do S&P 500 para 2021 e a mudança do foco dos investidores para empresas mais tradicionais, refletem uma visão de prazo curto, de um ano, que não é o prazo que enxergo como o ideal, que seria a partir de, pelo menos, 3 a 5 anos.
Dito isso, concordo principalmente com o fato de que o mercado continuará crescendo, não sei se em 2021, mas sim em prazos mais longos. Por isso, no Dica Internacional, provavelmente farei alguma mudança na nossa carteira nas próximas semanas, já que, em apenas 4 meses, 2 ações subiram mais de 50%, e uma delas subiu mais do que os seus fundamentos, enquanto outras companhias, igualmente boas, ficaram para trás.
Por todos esses motivos listados acima, sigo otimista com o mercado e empolgado para o novo ano que se aproxima!
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Abraços e bons investimentos,
Raphael Rocha.
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