Hoje vamos falar mais uma vez de uma das maiores companhias listadas no exterior: o JPMorgan.
O JPMorgan Chase & Co. (JPM) é uma empresa líder global de serviços financeiros e uma das maiores instituições bancárias dos Estados Unidos, com operações no mundo todo.
A empresa é líder em banco de investimento, serviços financeiros para clientes e pequenas empresas, banco comercial, processamento de transações financeiras e gerenciamento de ativos.
No momento em que escrevo esse relatório, a companhia vale cerca de US$ 295,68 bilhões e suas ações são negociadas na NYSE, com o ticker JPM.
As atividades da companhia são organizadas em quatro principais segmentos de negócios, além de um segmento Corporativo. São eles: Consumer & Community Banking (CCB), Corporate & Investment Bank (CIB), Commercial Banking (CB) e Asset & Wealth Management (AWM).
Fonte: JPMorgan
Consumer & Community Banking (CCB)
O segmento CCB oferece:
- Produtos e serviços de depósito e investimento aos clientes;
- Soluções de empréstimo e gerenciamento de caixa e pagamentos para pequenas empresas;
- Empréstimos para aquisição de imóveis residenciais;
- Serviços de cartão de crédito, processamento de pagamentos para as empresas e também realiza empréstimos para compra de veículos.
Consumer & Community Banking oferece serviços para clientes e empresas por meio de agências bancárias, caixas eletrônicos, bancos digitais e por telefone.
Segue abaixo os resultados do segmento CCB no último trimestre:
Fonte: JPMorgan
Corporate & Investment Bank (CIB)
O segmento CIB fornece produtos e serviços de banco de investimento, market-making, consultoria e estratégia corporativa, levantamento de capital nos mercados de ações, soluções de gerenciamento de caixa e liquidez, instrumentos de derivativos, soluções de gerenciamento de risco e research.
Esse segmento também oferece serviços de valores mobiliários, incluindo custódia e administração de fundos públicos, privados e de seguradoras.
Seguem abaixo os resultados do segmento no último trimestre:
Fonte: JPMorgan
Commercial Banking (CB)
O segmento de CB fornece soluções financeiras que contemplam: empréstimos com ampla gama de financiamentos, serviços de tesouraria que permitem gerenciar pagamentos e recebimentos e alternativas sofisticadas de captação de recursos para pequenas, médias e grandes empresas, governos locais e clientes sem fins lucrativos.
Seguem abaixo os resultados do segmento CB no último trimestre:
Fonte: JPMorgan
Asset & Wealth Management (AWM)
O segmento possui US$ 3,2 trilhões de ativos de clientes sob gestão e, com isso, é líder global em gestão de investimentos e patrimônio. Os clientes da AWM incluem instituições, indivíduos de alta renda e investidores de varejo nos principais mercados do mundo.
O AWM oferece gerenciamento de investimentos nas principais classes de ativos, incluindo ações e renda fixa, gerenciamento de riscos, planejamento tributário e imobiliário e serviços de consultorias. Para os clientes do Wealth Management, a companhia também fornece produtos e serviços de aposentadoria e serviços de corretagem, com a maioria dos ativos dos clientes sendo gerenciados ativamente.
Seguem abaixo os resultados do AWM no último trimestre:
Fonte: JPMorgan
Segmento Corporativo
O segmento Corporativo consiste em medir, monitorar, relatar e gerenciar os riscos de liquidez, financiamento, capital, taxa de juros estrutural e câmbio da empresa.
Seguem abaixo os resultados do segmento Corporativo no último trimestre:
Fonte: JPMorgan
Em relação aos resultados totais do trimestre, o JPMorgan registrou um lucro líquido de US$ 4,69 bilhões, queda de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas isso representou um lucro por ação de US$ 1,38, superando o esperado pelo mercado, que era de US$ 1,14 por ação.
Além disso, foram provisionados cerca de US$ 10,5 bilhões para cobrir possíveis perdas com empréstimos em razão da pandemia do coronavírus, enquanto o consenso era de US$ 8,73 bilhões.
Em relação à concorrência, o JPMorgan e suas subsidiárias estão em ambientes altamente competitivos. Podemos citar como concorrentes as corretoras, bancos de investimento, bancos comerciais, fundos de hedge, private equity, seguradoras e empresas de cartão de crédito.
Os negócios da empresa geralmente competem com base na qualidade e variedade de produtos e serviços, execução de transações, inovação, reputação e preço.
Além do risco da concorrência, são presentes também incertezas em relação a punições regulatórias. O JPMorgan, inclusive, já pagou multas significativas e incorreu em penalidades, como resultado de diversas investigações. Por exemplo: em 2016 o banco fechou um acordo para pagar US$ 264 milhões, devido à acusação de ter contratado filhos de importantes funcionários de empresas chinesas para conseguir fechar um negócio.
Esses problemas podem ter consequências colaterais significativas para a instituição financeira, incluindo perda de clientes e negócios, restrições à oferta de determinados produtos ou serviços e perda da permissão para operar em certas áreas.
Podemos citar como risco também o ambiente econômico e as incertezas impulsionadas pelos desenvolvimentos políticos nos EUA e em outros países, que podem acabar diminuindo a confiança do investidor nos mercados em que a companhia atua, além de aumentar as tensões nas relações diplomáticas, ter taxas de crescimento mais lentas, gerar aumento da inflação, maior volatilidade no mercado e contração do crédito disponível.
Qualquer uma dessas possibilidades citadas acima pode reduzir a liquidez, prejudicar a capacidade de fornecer produtos e serviços aos clientes e enfraquecer os resultados operacionais e a condição financeira do JPMorgan.
Além disso, os segmentos relacionados a investimentos do JPMorgan podem sofrer perdas devido a eventos imprevistos do mercado, como graves quedas nos valores dos ativos, incapacidade de proteger sua posição de mercado e outros riscos relacionados ao desenvolvimento, estruturação ou precificação de um instrumento financeiro.
Assim como todos os bancos do mundo nesse período de pandemia, o JPMorgan está suscetível aos riscos relacionados à inadimplência, já que o coronavírus diminuiu a renda de muitas pessoas, acabou com empregos e, caso os clientes não paguem os valores que devem, a empresa terá resultados piores no futuro.
Por isso, uma prática bem recorrente nesse período é a elevação das provisões, já imaginando um cenário de maiores perdas de crédito.
Isso também enfatiza, para os bancos em geral, a importância da corrida pela vacina, pois acabando a pandemia, a economia voltará a caminhar gradualmente e os resultados também tendem a melhorar. Caso demore a sair, os resultados serão ruins também no último trimestre do ano, já que até o momento os governos têm auxiliado a população com programas sociais e injetado dinheiro na economia.
Para terminar, nos Estados Unidos, inclusive, há uma discussão muito grande em relação a essa ajuda do governo, já que o suporte foi tão poderoso que a população desempregada não quer voltar a trabalhar, já que é mais vantajoso ficar em casa. Isso acaba atrasando também a recuperação econômica global.
Esse foi mais um texto da série apresentando ações internacionais. Nossa carteira será lançada nos próximos dias. Falta pouco!
Abraços e bons investimentos,
Raphael Rocha.
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