Banco do Brasil cai após divulgação de balanço
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) registram perdas importantes depois de reportar um aumento de 20,3% no lucro do quarto trimestre, em linha com as expectativas dos analistas de mercado compilados pela Refinitiv. A alta nos ganhos foi ajudado pelos empréstimos ao consumidor e menores despesas tributárias. Além disso, o banco anunciou que poderá repetir um crescimento de dois dígitos no resultado em 2020.
“O crescimento do RSPL Mercado (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio anualizado recorrente) de 15,4% para 17,7% na comparação com o 4T18 e de 13,9% para 17,3%, no acumulado em doze meses, reforçam o compromisso de aumento da rentabilidade”, destacou o BB em comunicado.
Em 12 meses, o resultado foi de R$ 17,8 bilhões, valor 32,1% maior comparado com 2018.
Na visão societária, sem os ajustes de eventos extraordinários, o resultado acumulado alcançou R$ 18,2 bilhões, alta de 41,2% e RSPL de 17,6%.
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Crédito
A carteira de crédito classificada Pessoa Física cresceu 8,9% em relação a dezembro/18 (+R$ 17,4 bilhões), resultado do desempenho positivo em crédito consignado (+R$ 10,2 bilhões) e em empréstimo pessoal (+R$ 3,3 bilhões).
O crescimento dos negócios de varejo, que englobam os segmentos de PF e MPME, atingiram 41,1% de participação no total da carteira, ante 36,7% em dezembro/18.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 680,7, redução de 2,6% em 12 meses.
A carteira MPME alcançou R$ 64,5 bilhões, crescimento de 8,5% em 12 meses. Já a carteira de crédito classificada PJ atingiu R$ 197,5 bilhões, 10,9% menor se comparado a dezembro de 2018.
“A redução pode ser explicada principalmente pela dinâmica da carteira atacado, onde tem se observado uma migração para mercado de capitais”, afirmou o Banco estatal.
O crédito rural apresentou queda de 1,0% em relação a dezembro/18 (-R$ 1,7 bilhão), redução de R$ 5,6 bilhões na Comercialização Agropecuária, compensada pelo aumento na carteira de FCO Rural (+R$ 2,0 bilhões) e Investimento Agropecuário (+R$ 2,3 bilhões). A participação de mercado alcançou 64,4%, mesmo nível de dezembro de 2018.
Índice de Eficiência
As despesas administrativas aumentaram 8,7% em relação ao 4T18 e 11,7 em relação ao 3T19 impactadas principalmente pela contribuição extraordinária à Cassi de R$ 514 milhões nas despesas de pessoal.
Na visão acumulada, crescimento de 2,8%, abaixo da inflação.
O índice de eficiência em 12 meses atingiu 36,1% em dezembro/19, melhora de 139 bps em relação a dezembro/18.
Receitas com Prestação de Serviços
As receitas com prestação de serviços cresceram 6,4% no comparativo 12 meses e 0,6% em relação ao trimestre anterior, resultado da estratégia centrada no relacionamento e na melhoria constante da experiência do cliente.
Na comparação em 12 meses, destaque para seguros, previdência e capitalização com crescimento de 18,0% (+R$ 581,2 milhões) e conta corrente com aumento de 6,3% (+R$ 460,2 milhões).
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) registram perdas importantes depois de reportar um aumento de 20,3% no lucro do quarto trimestre, em linha com as expectativas dos analistas de mercado compilados pela Refinitiv. A alta nos ganhos foi ajudado pelos empréstimos ao consumidor e menores despesas tributárias. Além disso, o banco anunciou que poderá repetir um crescimento de dois dígitos no resultado em 2020.
A carteira de empréstimos do Banco do Brasil (BBAS3) encolheu por mais um trimestre, mas o retorno sobre o patrimônio líquido chegou a 17,7%, praticamente em linha com o trimestre anterior.
Isso reflete uma mudança nos desembolsos do banco, mais voltados agora a empréstimos ao consumidor, com margens mais altas. A margem financeira bruta do quarto trimestre aumentou 11,6% em relação ao ano anterior, enquanto a receita de tarifas cresceu 3,8%, graças a contas correntes e seguros, disse o Banco do Brasil (BBAS3)
As despesas operacionais aumentaram 8,7% no quarto trimestre em relação ao ano anterior, impulsionadas por maiores custos relacionados ao plano de saúde dos funcionários, enquanto as despesas tributárias caíram mais de 50%.
Assim, por volta das 15h36, os papéis do Banco do Brasil (BBAS3)tinham queda de 1,14% a R$ 51,00, após abrir a sessão com baixa de 1,43%.
Fontes: Finance News e Investing