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Noticias das Construtoras: Mitre e Cyrela

Mitre tem queda de quase 3% após prévia não trazer lançamentos no 1º trimestre

Na jornada desta segunda-feira, as ações da Mitre operam com queda na bolsa paulista. A construtora recém listada informou que registrou nos três primeiros meses do ano um total de vendas de R$ 33,8 milhões, o que representa perdas de 58,8% se comparada com o mesmo período no ano passado.

Assim, por volta das 16h15, os papéis recuavam 2,74% a R$ 9,93, perdas maiores que o Ibovespa hoje. O principal índice acionário brasileiro registrava queda de 0,31% a 78.749 pontos.

De acordo com a prévia operacional, os números foram afetados pelo fato de não ter acontecido nenhum lançamento no período e também pelo crescimento do coronavírus na cidade de São Paulo, único mercado onde a Mitre atua. Durante o mês de março, por exemplo, os stands de venda da companhia estiveram fechados por conta da quarentena.

Do lado positivo, apontado pela companhia, é que a plataforma digital de vendas, lançada no final do ano passado foi um sucesso. No primeiro trimestre deste ano, 39% das vendas efetuadas pela Mitre se iniciaram através de contato online dos clientes”, comentou a construtora.

No ano passado, a construtora tinha estoque de 289 unidades, totalizando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 155,3 milhões. Sendo que, nos três primeiros meses de 2020, foram vendidas 62 unidades e a empresa fechou o período com estoque de 225 unidades e VGV de R$ 119,7 milhões.

Além disso, a Mitre informou que as obras prosseguem sem nenhuma interrupção, sendo que a construtora realizou uma quantidade expressiva de lançamentos no quarto trimestre de 2019, seguindo as normas de segurança para proteger os trabalhadores do Covid-19.

Por fim, a companhia ainda não sabe ser irá realizar lançamentos neste segundo trimestre, devido ao período da epidemia.

Cyrela registra alta de quase 2% após ver lançamentos saltarem 200% no 1º tri

Na parte da tarde desta segunda-feira, as ações da Cyrela (SA:CYRE3) operam com importante valorização depois da divulgação da prévia operacional do primeiro trimestre, acima dos ganhos do Ibovespa hoje. A construtora anunciou na parte final da sessão de sexta-feira que registrou no período um aumento de 200,8% nos lançamentos, de um total de R$ 547 milhões para R$ 1,677 bilhão em um ano. No segmento do Minha Casa Minha Vida, alta foi de R$ 279 milhões para R$ 1,045 bilhão.

Com isso, por volta das 15h26, os papéis somavam 5,23% a R$ 15,10. O Ibovespa registrava alta de 0,17% a 79.123 pontos, após atingir os 80 mil pontos no início da tarde.

A companhia lançou 25 empreendimentos no trimestre. Desse total, foram reconhecidos como lançados 5 dos 6 empreendimentos do segmento Minha Casa Minha Vida que tiveram a comercialização iniciada no fim de 2019, restando apenas um a ser reconhecido. As permutas nos lançamentos foram R$46 milhões no 1T20 vs. R$ 18 milhões no 1T19.

A participação da construtora nos lançamentos do trimestre atingiu 70%, sendo inferior à apresentada no 1T19 (78%). Ao se excluir as permutas, e tomando como base apenas o %CBR, o volume lançado no 1T20 foi de R$ 1,117 bilhão, 173% superior em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 409 milhões no 1T19).

As vendas líquidas contratadas neste trimestre somaram R$1,361 bilhão, valor 30%superiorao registrado no 1T19(R$ 1.044milhões)

A participação da Companhia nas vendas contratadas foi de 70% no 1T20, inferior aos 72% do mesmo trimestre do ano anterior. Em relação às demonstrações contábeis, 65% das vendas líquidas do trimestre serão reconhecidas via consolidação e 35% via método de equivalência patrimonial.

Os dados operacionais resultaram em um indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses de 53,4%, ficando acimado VSO 12 meses apresentado no mesmo trimestre do ano anterior (49,6%) e superior ao VSO apresentado no 4T19 (52,8%).

O BTG Pactual (SA:BPAC11) acredita que os números operacionais da Cyrela foram fortes, pois a empresa conseguiu aumentar significativamente os lançamentos e as vendas líquidas, apesar de todas as adversidades enfrentadas no primeiro trimestre (impactos da Covid-19), principalmente devido a um excelente desempenho do segmento de baixa renda.

Para os analistas, as perspectivas de curto prazo são sombrias para o setor, pois é muito cedo para prever qual é o “novo normal” das vendas de imóveis quando o período de quarentena terminar. Dito isso, acham que as ações da Cyrela parecem muito atraentes a 1,2x P/TBV, por isso a recomendação de compra.

Fontes:  Investing

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