O dia em que nem o IPCA+6% e CDI bateram o Ibovespa

Nos últimos anos, virou moda criticar a bolsa de valores brasileira, mais especificamente, o Ibovespa.

 

Claro que há motivos para isso, né? Desde a última década, o Brasil apresentou um crescimento pífio e a bolsa, como consequência de uma economia quase estagnada, também sofreu.

 

Dito isso, a internet hoje está repleta de cálculos de rentabilidade em várias janelas de tempo, mostrando o desempenho insatisfatório da bolsa brasileira em comparação a outros índices, incluindo os de renda fixa como o CDI, IPCA+6% e IMA-B.

 

E o que acho estranho é que não vejo mais ninguém defendendo o nosso índice de ações. Sendo assim, resolvi fazer esse trabalho e mostrar para vocês que, sim, o Ibovespa já teve anos de muita glória.

 

Quando a economia do Brasil estava bombando e crescendo, em média, 2% ao ano durante o boom das commodities impulsionado pela China, o Ibovespa disparou. Considerando o período de 2003 a 2007, veja só o desempenho do índice:

 

 

Janela jan/03-dez/07:

 

– Ibovespa: +450,88%

– CDI: +118,96%

– IMA-B: +113,28%

– IPCA+6%: +78,68%

– S&P 500 em BRL: -18,21%

– Dólar: -49,71%

 

Pois é, o nosso principal índice de ações brasileiras superou — com muita folga — todos os outros do mercado, incluindo o CDI e o IPCA+6%. Em comparação com o tão comentado IPCA+6%, então, o Ibovespa deixou-o no chinelo, rendendo quase seis vezes mais!

 

Na prática, o que isso significa?

 

Bem, se em 2003, quando o Ibovespa ainda estava em queda e com uma performance horrível, alguém lhe dissesse: “Chega dessa história de bolsa, já vimos que o CDI é muito melhor e rende muito mais.”

 

E se você tivesse seguido esse conselho e migrado todo o seu portfólio para a renda fixa, teria deixado bastante dinheiro na mesa. Concorda?

 

E longe de mim afirmar que isso era previsível, afinal, o ciclo de alta das commodities poderia não ter acontecido e, de fato, a renda fixa poderia ter performado bem melhor que a bolsa.

 

Mas qual a lição que tiramos disso? Dado que é impossível prever o futuro, sempre vale a pena ter um pouco de tudo na carteira.

 

Porque, dessa forma, se nos próximos 10 anos a bolsa disparar, você ganha dinheiro. E se ela não disparar e a renda fixa prosperar, você ganha também.

 

Essa é a mentalidade que, na maioria das vezes, vai levá-lo ao sucesso com seus investimentos. Aliás, é na Carteira Plena que colocamos essa estratégia em prática. Se deseja ajustar sua carteira para montar um portfólio diversificado, à prova de crises e que ainda supera os índices do mercado, vale a pena assinar.

 

Grande abraço,

 

João Pedro Mello

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