O setor de óleo e gás costuma chamar muita atenção dos investidores brasileiros. Somos um país muito forte quando se trata de commodities e em relação ao petróleo, um dos maiores produtores do mundo.
Sabendo disso, é natural notarmos que empresas que atuam neste mercado são bastante procuradas por indivíduos que estão iniciando sua carreira de investimentos. Afinal, com a gasolina custando R$ 7,00 ou mais, qualquer um deve imaginar que quem vende petróleo deve estar ganhando muito dinheiro.
De certa forma, quem acredita nisso não está errado. Todavia, o raciocínio não é tão simples assim. Será que só o preço do petróleo importa?
A resposta é, não.
Por um motivo muito simples: o petróleo precisa ser extraído dos poços e para realizar a extração existem custos envolvidos. É sobre isso que vamos falar hoje.
Para que um produto chegue ao consumidor final, ele precisa passar por uma série de processos que demandam energia, mão-de-obra, equipamentos, dentre outros. E, tudo isso tem o seu devido custo.
No mercado de commodities, o preço das mercadorias não é ditado pela empresa que a produz, mas pela oferta e demanda global das mesmas. Sendo assim, é factível imaginar que se uma empresa atua com algum produto classificado como commodity e ela não tem controle sobre seu preço de venda, o melhor que ela pode fazer para se preservar é um bom controle de custos. Concorda?
Pois bem, é exatamente com isso que a maioria dessas empresas se preocupa, com o custo de extração do barril de petróleo.
A gestão dessas companhias sabe que somente aumentar a produção ou as vendas não tem um efeito tão positivo caso o custo de extração do barril esteja elevado. É justamente a diferença entre o preço de venda e o custo de extração que ditará a eficiência da empresa e a sua capacidade de geração de valor.
Para que fique claro, vamos pensar em alguns exemplos:
Imagine um cenário em que o preço do barril de petróleo caia consideravelmente. Se uma empresa tem um custo de extração alto, sua margem será vertiginosamente comprimida e isso fará com que ela se torne menos lucrativa. Por outro lado, se o custo de extração for baixo, sua margem não será tão comprimida e sua lucratividade será menos comprometida.
Agora, imagine um cenário em que o preço do barril de petróleo suba consideravelmente. Se uma empresa tem um custo de extração alto, sua margem ficará mais folgada e ela se tornará mais lucrativa. Mas, se o custo de extração for baixo, sua margem será super beneficiada e a empresa terá sua lucratividade muito acima da média do mercado.
Concluímos, portanto, que um baixo custo de extração do barril de petróleo é uma das principais ferramentas que uma petroleira pode ter contra momentos desfavoráveis do preço do barril de petróleo.
Tendo em vista todo o comentado e que agora você já entendeu a relevância do custo de extração do barril de petróleo para uma petroleira, vamos trazer alguns exemplos com base em dados de empresas do setor listadas na nossa bolsa de valores:
Apesar dos holofotes serem constantemente direcionados para a Petrobras, temos outras companhias do setor na bolsa, tais como: PetroRio, 3R Petroleum e PetroRecôncavo.
Diante dos dados apresentados, podemos notar que a Petrobras (PETR3;PETR4) – apesar do volume de produção médio/dia ser muito maior do que dos seus pares – possui o menor custo de extração das petrolíferas brasileiras, atualmente.
Em segundo lugar temos a PetroRecôncavo (RECV3) quase empatada com a 3R Petroleum (RRRP3) e, por fim, a PetroRio (PRIO3).
Claro, esse dado não é e não deve ser o único a ser levado em consideração na análise de uma empresa do setor. Se fosse por isso, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) deveriam valer muito mais do que valem hoje. No entanto, petrolíferas com um custo de extração do barril de petróleo baixo e bem controlado, tendem a ser mais eficientes e lucrativas.
Para realmente identificar as melhores ou a melhor opção do setor de óleo e gás da bolsa, é preciso uma análise bem mais profunda. O momento que vivemos é bastante propício para essas empresas, mas é necessário entender o cenário atual para tomar decisões assertivas de investimento.
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Grande abraço e bons investimentos,
João Pedro Mello
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