O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (13), mais uma edição do Boletim semanal Focus, trazendo como principal novidade a estimativa de menor queda do crescimento da economia brasileira em 2020. Além disso, os economistas ampliaram as expectativas do IPCA e mantiveram as da Selic e do dólar. O cenário ainda mostra que a crise econômica do país por conta da pandemia da Covid-19 será bastante intensa, mas dá sinais que pode ser menos pior do que esperada anteriormente.
Fonte: FOCUS
PIB
Após a leve melhora na semana passada, a projeção do PIB brasileiro avançou, mas ainda se mantém sob uma queda intensa intensa. A estimativa agora é uma retração de 6,10% do PIB em 2020, contra 6,50% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -6,51%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.
Inflação
Os analistas elevaram a estimativa da inflação oficial de 1,63% para 1,72%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 1,60% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Após dois meses seguidos de deflação, os preços no país voltaram a subir e registraram alta de 0,26% em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE. A taxa foi influenciada pelo aumento nos preços dos combustíveis após reduções nos últimos quatro meses, em especial da gasolina, que teve o maior impacto individual (0,14 p.p.), com alta de 3,24%.
Após as duas quedas consecutivas (0,31% e 0,38% em abril e maio, respectivamente) e com o aumento de junho, o IPCA acumula alta de 0,10% no ano e de 2,13% em 12 meses.
Houve a manutenção das estimativas de inflação para 2021 – horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,00%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.
Entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5, a previsão é de um IPCA levemente superior no fim do ano, a 1,68%, enquanto há 4 semanas a estimativa estava em 1,76%. Para 2021, o TOP-5 também prevê a inflação oficial em 3%.
Selic
O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA – especialmente da inflação no próximo ano, horizonte da política monetária – motivaram a decisão de corte da Selic sw 0,75 ponto percentual nas duas últimas reuniões do Copom. Da mesma forma da semana passada, os analistas seguiram a última decisão da autoridade monetária, esperando ainda um novo corte residual do afrouxamento monetário em 2,00% em 2020, conforme comunicado e ata da última reunião do Copom.
Já o TOP-5, que colocava a Selic em 1,75% na semana anterior, prevê agora 2,00%, com um corte de apenas 0,25 ponto percentual no próximo encontro do colegiado.
Para 2021, os economistas mantiveram a projeção de Selic em 3%, de 5% para 2022 e de 6% para 2023, enquanto o TOP prevê uma Selic a 3,0% em 2021, 4,25% para 2022 e 5,63% em 2023.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas R$ 5,20, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 em meados de maio.
Há quatro semanas, os analistas projetavam no Focus um dólar a R$ 5,20 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram reduzidas para R$ 5,00. Há quatro semanas, a estimativa estava em R$ 5,08 para o ano que vem. Em 2022 e 2023, as projeções são para um dólar a R$ 4,85 e R$ 4,80.
Fontes: Investing
Você conhece os nossos planos de assinaturas?
Veja todas as possibilidades de planos e escolha de acordo com seu perfil
Clique e conheça a página dos planos e possibilidades
Já participa do nosso grupo do Telegram?
Videos, informações e novidades vem aí.