Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste chegaram ao final de maio com o armazenamento médio mais baixo para o mês desde 2001, ano em que o país enfrentou um racionamento de energia, apontam dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O armazenamento médio nas duas regiões ao final de maio de 2021 era de 32,10%. Em 2001, na mesma época, era de 29,87% (gráfico abaixo).
O governo nega risco de um novo racionamento. Entretanto, admite a gravidade da situação, já emitiu alerta de risco hídrico e anunciou medidas para evitar escassez de energia.
A queda no nível dos reservatórios já provoca o encarecimento das tarifas de energia no país. E, no governo, há preocupação de que a crise no setor elétrico possa prejudicar a recuperação da economia brasileira e pressionar a inflação.
De acordo com especialistas, a crise atual pode ser mais grave que a registrada em 2015, quando também houve temores de um racionamento (veja mais abaixo).
Chuva abaixo da média
Na organização do sistema elétrico, o Sudeste e o Centro-Oeste formam um único subsistema, que responde por mais da metade da capacidade de geração de energia do país.
As duas regiões abrigam as principais hidrelétricas brasileiras, mas sofrem há anos com chuva abaixo da média. No último período úmido, entre novembro de 2020 e abril de 2021, foi registrado o menor volume de chuvas dos últimos 91 anos.
O baixo nível dos reservatórios, e a expectativa de que não haverá recuperação nos próximos meses, que são de seca no Sudeste e Centro-Oeste, já provocam preocupações de que o país possa enfrentar um novo racionamento de energia.
Por enquanto, o governo nega o risco de falta de energia neste ano. Entretanto, em maio o Ministério de Minas e Energia montou um grupo para acompanhar a crise e propor medidas para enfrentar o agravamento da situação no setor elétrico. Na semana passada, emitiu um alerta de risco hídrico.
Fonte G1
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