A queda no número de sondas americanas em atividades CONTINUA, mas de forma mais lenta!
(Por: Leo Bittencourt)
Ontem, às 16 horas, foi divulgado a contagem do número de sondas de perfuração em atividade nos EUA. A empresa de serviços de energia Baker Hughes tem realizado a contagem do número de unidades de perfuração desde 1944, e estes dados são publicados toda sexta-feira pelas principais mídia financeiras e publicações do ramo. Este indicador é considerado um importante indicador da atividade da indústria de petróleo e gás americana.
A contagem desta semana registrou um total de 180 sondas de perfuração em atividades, representando uma queda de apenas 1 sonda em relação à semana passada. Olhando apenas esta informação, parece ser uma notícia boa, em comparação com as reduções de dois dígitos que eram registradas há 2 meses atrás, e também, “parece” que este pode ser um piso para a queda da produção americana. Mas se olharmos o todo, o impacto causado pela redução drástica do preço do petróleo a partir de março (começando pela disputa entre Arábia Saudita e Rússia) e pelos impactos do COVID-19, pegou de “cheio” a indústria petrolífera americana.
Para vocês terem uma noção da queda das sondas, a contagem do dia 20/março/2020 totalizava 664 sondas, hoje, temos apenas 180 sondas em atividades. No gráfico abaixo é possível ver esta queda. (OBS: Olhem também o que aconteceu em 2016. Uma redução bem forte também, mas desta vez a queda está sendo bem pior! Eu explico também o que aconteceu neste ano no livro Ouro Negro).
Está claro que preços a menos de 40 ou 50 dólares por barril de petróleo, não é rentável para empresas que perfuram petróleo não-convencional (Shale Oil). O número de falências das empresas independentes americanas produtoras de Shale Oil aumenta a cada semana, até empresas listadas na bolsa americana como Whiting Petroleum e Ultra Petroleum já pediram falências. Alguns analistas estimam que até o final de 2021, cerca de 250 empresas americanas produtoras de petróleo podem fechar as portas. Isto confirma o que tínhamos comentado no artigo que divulgamos em abril.
Não sabemos ao certo se a situação americana irá se agravar mais ainda pela frente, mas já se cogita que o Trump deva taxar importações de petróleo saudita para evitar falência do Shale dos EUA, mas isso não é certo ainda!
Vamos ficar sempre de olho no desenrolar desta história!!
Até a próxima pessoal!
Abraços
Leo Bittencourt
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