A correlação de ativos é uma medida estatística usada para demonstrar a ligação entre duas variáveis. Em outras palavras, a correlação de ativos reflete como a movimentação de um ativo se relaciona com os demais ativos.
A correlação pode ser usada para medir a ligação entre dois ativos específicos ou para comparar índices ou classes inteiras de ativos.
Tipos
Existem quatro tipos de correlação de ativos:
1- Perfeitamente positiva: Neste caso, os dois ativos estão totalmente ligados e um acompanha o outro. Dessa maneira, se o ativo X valorizar ou desvalorizar 100%, ou ativo Y, tem o mesmo resultado.
2- Positiva: Nesse tipo, os ativos se comportam da mesma maneira, mas em proporções diferentes. Sendo assim, a correlação pode ser, por exemplo, de 70%. Logo, se o ativo X se valorizar 100%, o ativo Y se valoriza 70%.
3- Negativa: A correlação negativa funciona da mesma maneira que a correlação positiva, porém no sentido oposto. Suponhamos que o ativo X tem correlação negativa de -30% em relação ao ativo Y. Caso o ativo X se valorize 100%, o ativo Y irá se desvalorizar -30%.
4- Perfeitamente negativa: Para finalizar, temos a correlação perfeitamente negativa, que funciona de maneira oposta à correlação perfeitamente positiva. Desse modo, se o ativo X tiver correlação perfeitamente negativa em relação ao ativo Y, e ele se valorizar 100%, então o ativo Y irá se desvalorizar 100%.
Correlação x Volatilidade
Durante períodos de alta volatilidade, como na crise financeira de 2008, ações tem a tendência de se tornar mais correlacionadas, mesmo sendo de empresas de diferentes setores da economia. Na crise de 2008, muitas ações derreteram seus valores, independente do setor, lucro ou qualidade das empresas.
Mercados emergentes, mesmo tendo dinâmicas singulares entre si, também tendem a se comportar de maneira semelhante durante períodos de alta volatilidade.
Correlação – A importância deste conceito da estatística nos investimentos
No mundo das finanças, correlação é uma medida estatística para medir a forma como dois ativos se movimentam, um em relação ao outro. Quando os preços de dois ativos movimentam-se de forma similar, na mesma direção, usualmente, diz-se que eles são correlacionados. Já quando os ativos não se movimentam de forma similar, eles não são correlacionados.
Mecânica de Funcionamento
A correlação é representada pelo coeficiente de correlação, variando entre -1 e 1.
A medida correlação varia de 0, onde não existe nenhuma correlação até +1, que significa perfeita correlação. Uma correlação de +1 significa que os dois ativos andam de forma 100% similar ao longo do tempo. Por exemplo, quando as cotações do índice Bovespa sobem e as cotações de ações da Petrobras sobem de forma igual, com os mesmos percentuais de variação – pode-se dizer que os dois ativos são perfeitamente correlacionados (+1).
Por conseguinte, quando os dois ativos não tem nenhuma correlação(0), ou seja, quando a variação do ativo não tem nenhuma “ligação” com a variação do outro, diz-se que estes ativos não são correlacionados.
Por outro lado, os ativos podem ser negativamente correlacionados (-1). Isso ocorre quando os preços de dois ativos movimentam-se na direção oposta, sendo assim, quando um ativo sobe 1% o outro cai 1%, quando um ativo cai 5% o outro sobe os mesmos 5% e assim por diante. Quando isso acontece, classifica-se estes ativos como perfeitamente negativamente correlacionados. Um exemplo disso dá-se quando as cotações das small caps sobem ao passo que os preços dos títulos públicos caem no mesmo nível de magnitude ao longo do tempo, desta forma, pode-se concluir que estes ativos são negativamente correlacionados.
Diversificação e correlação
Considere, por exemplo, um título público do Tesouro Selic e um Certificado de Depósito Bancário (CDB) pós-fixado. A princípio, são alternativas diferentes, porque são de emissores distintos e têm características divergentes.
Contudo, o Tesouro Selic varia com a taxa Selic e o CDB com o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que também está atrelado à Selic. Ou seja, se a taxa cair, ambos os investimentos reduzirão a rentabilidade. Portanto, são correlacionados e muito parecidos.
Agora, por outro lado, imagine um investimento de renda fixa que acompanha o CDI e outro feito no mercado de Ações. Quando o CDI cai, é comum que haja uma valorização na bolsa. Assim, as duas alternativas não estão diretamente relacionadas.
Ao considerar o investimento em Dólar ou em Ouro também é possível notar a descorrelação com Ações. Quando as Ações e os índices de bolsas caem, costuma ocorrer uma valorização do Dólar e do Ouro. Logo, tê-los na carteira pode trazer mais equilíbrio.
Falsa Diversificação
Para aproveitar os benefícios da estratégia é preciso fugir da armadilha da pulverização ou falsa diversificação de investimentos. Conhecendo os conceitos de correlação e descorrelação, é mais fácil driblar esse desafio.
De forma simples, é possível dizer que uma carteira pulverizada tem ativos variados, mas a correlação entre eles é alta. Ou seja, ainda que sejam de emissores diferentes ou de setores distintos, eles se comportam de forma semelhante.
Logo, não há diluição de riscos. Afinal, quando um passar por perdas os outros terão comportamento parecido. A diversificação verdadeira mescla investimentos descorrelacionados, que tenham reações opostas aos acontecimentos.
Então, além de investir em diversos ativos ou derivativos, é preciso considerar como eles se correlacionam. Focar nisso é importante para montar uma carteira com diversificação real e que tenha um nível maior de equilíbrio.
Diversificar é importante
Adotar a diversificação de investimentos é positivo porque ela é capaz de oferecer diversos benefícios para a sua carteira. O primeiro aspecto é a diluição de riscos. O jargão do mercado diz que diversificar é não deixar todos os ovos na mesma cesta.
Logo, significa que o desempenho do seu patrimônio não depende de apenas um ativo ou produto. Assim, ter escolhas diversas é um jeito de atingir um equilíbrio. Por exemplo, tendo valorização de alguns investimentos quando outros se desvalorizam você passa por menos perdas.
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