Resumo dos resultados de Vulcabras Azaleia

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VULCABRAS AZALEIA (códigos Bovespa: VULC3)

RESUMÃO – Resultados 4T17:

(Data de divulgação: 06 de Março/2018)

(Dados retirados do site de RI)

 

Pontos POSITIVOS:

– Receita operacional líquida – ROL:

No 4T17, a receita líquida chegou a R$ 314,6 milhões, com alta de 2,4% sobre os R$ 307,1 milhões do 4T16. No ano de 2017, a receita líquida foi R$ 1.263,1 milhões, um resultado 11,4% superior ao do ano de 2016, quando a receita foi R$ 1.134,2 milhões.

A receita de calçados esportivos manteve o ritmo de crescimento, com todos os pedidos atendidos e, importante presença nas vendas de Natal. Houve queda nas vendas do setor feminino, em relação ao mesmo período do ano anterior, ocasionada pela manutenção da estratégia de transferência da capacidade produtiva de calçados femininos para calçados esportivos.

 

O ano de 2017 também marcou a retomada da liderança nas vendas de calçados esportivos no Brasil

protagonizada pela Olympikus, à frente de marcas globais.

– Receita operacional líquida – Mercado Interno:

A receita líquida do 4T17, no mercado interno totalizou R$ 287,0 milhões, com aumento de 5,2% em relação ao 4T16, no qual a receita líquida foi de R$ 272,7 milhões. No ano de 2017, o mercado interno totalizou R$ 1.122,2 milhões, com aumento de 13,5% em relação ao ano de 2016, quando a receita líquida foi de R$ 988,6 milhões.

 

– Custo dos produtos vendidos:

No 4T17, como percentual da receita líquida de vendas, o custo das vendas representou 62,0%, comparado aos 63,6% do 4T16. No ano de 2017, o custo das vendas representou 61,8%, comparado aos 65,4% no ano de 2016. Em 2017, a Vulcabras operou com maior ocupação das suas fábricas. Isto possibilitou a otimização dos recursos produtivos e melhora significativa na eficiência, principalmente nas suas fábricas da Bahia e Sergipe.

– Lucro bruto:

O lucro bruto do 4T17 foi de R$ 119,7 milhões, com aumento de 7,1% em relação aos R$ 111,8 milhões registrados no 4T16. A margem bruta foi de 38,0% no 4T17, com 1,6 p.p. acima dos 36,4% verificados no 4T16. No ano de 2017 o lucro bruto foi de R$ 482,4 milhões, com expansão de 22,9% sobre os R$ 392,6 milhões obtidos no ano de 2016. A margem no ano de 2017 foi de 38,2%, sendo 3,6 p.p. superior ao obtido no ano de 2016, o qual foi 34,6%.

 

“É importante observarmos, do ponto de vista negativo, que apesar da margem bruta no 4T17 manter a tendência de crescimento quando comparada ao 4T16, ao compararmos com 3T17, vimos que a margem bruta teve uma redução de 1,5 p.p. (apresentou 39,5% no 3T17) que foi justificada pela menor produção no mês de dezembro, em virtude da concessão de férias coletivas, que causou impacto no custo dos produtos fabricados daquele mês, puxando para baixo a margem do mês e, consequentemente, do trimestre.”

 

– Despesas:

As despesas com vendas, que incluem despesas com comissões, fretes, royalties, gastos com pessoal, abatimentos comerciais, provisões para devedores duvidosos e outros gastos comerciais, apresentaram queda de 5,9% no 4T17, sobre a do 4T16. Foram registrados R$ 34,8 milhões, ante R$ 37,0 milhões no mesmo período do ano anterior. A participação das despesas com vendas sobre a receita líquida apresentou queda de 0,9 p.p. ao compararmos o 4T17(11,1%) com o 4T16(12%).

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No ano de 2017, apesar de ter apresentando uma alta de 6,8%, ascendendo de R$ 124,5 milhões no acumulado do ano de 2016, para R$ 133,0 milhões no ano de 2017, as despesas foram mais diluídas, apresentando uma redução de 0,5 p.p., de 11,0% no ano de 2016 para 10,5% no ano de 2017 em relação a receita líquida.

As despesas administrativas foram de R$ 19,6 milhões no 4T17, alcançando redução de 14,0% em relação aos R$ 22,8 milhões do 4T16, em percentual sobre a receita líquida houve redução de 1,2 p.p., indo de 7,4% no 4T16 para 6,2% no 4T17. No ano de 2017, em relação ao ano de 2016, houve redução de 1,4% das despesas gerais e administrativas, passando de R$ 78,3 milhões para R$ 77,2 milhões. Ao compararmos o percentual sobre a receita líquida observamos que houve queda na participação de 0,8 p.p. no período.

– Resultado financeiro líquido:

O resultado financeiro líquido no 4T17 foi uma despesa de R$ 11,0 milhões, com redução de 42,7% quando comparado ao resultado do 4T16 que foi uma despesa de R$ 19,2 milhões. Com os recursos líquidos obtidos com a oferta pública no final do mês de outubro, reduziu-se drasticamente o endividamento. Esta redução do passivo financeiro líquido, e a queda dos juros contribuíram de forma decisiva para a redução das despesas financeiras. A despesa financeira passou de R$ 82,1 milhões, no ano de 2016, para R$ 49,6 milhões, no ano de 2017, com queda de 39,6%.

– Lucro líquido:

O lucro líquido do 4T17 foi de R$ 45,4 milhões, com aumento de 233,8% sobre o lucro aferido no 4T16, de R$ 13,6 milhões. O expressivo crescimento no valor nominal do lucro líquido fez com que a margem líquida saltasse de 4,4% para 14,4%, perfazendo um aumento de 10,0 p.p.. A margem líquida no acumulado do período cresceu 11,9 p.p., de 3,1% no ano de 2016 para 15,0% em 2017.

 

– EBITDA:

No 4T17, o EBITDA foi de R$ 70,4 milhões, com expansão de 25,0% ante os R$ 56,3 milhões obtidos no 4T16. A margem EBITDA cresceu 4,1 p.p., atingindo 22,4% no 4T17, ante 18,3% do 4T16. No ano de 2017, o EBITDA foi de R$ 296,5 milhões, com crescimento de 59,0% sobre os R$ 186,5 milhões verificados em 2016. A margem EBITDA subiu 7,1 p.p. atingindo 23,5% em 2017.

 

– ROIC – Retorno sobre capital investido:

O ROIC anualizado atingiu 29,9% no ano de 2017, aumento de 16,3 p.p. sobre o resultado de 13,6% obtido em 2016.

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– Investimentos – Capex:

No 4T17, foram investidos R$ 15,7 milhões em imobilizado, com destaque para as rubricas de máquinas e equipamentos e instalações industriais, que cresceram 44,7% e 66,7% respectivamente, em relação ao mesmo período de 2016. Isso se deve à intensificação do projeto de modernização de instalações industriais. No acumulado de 2017, o investimento em imobilizado totalizou R$ 61,7 milhões, sendo 27,5% superior aos R$ 48,4 milhões investidos em 2016. Em 2018, os parques fabris continuarão a receber investimentos, com recursos da oferta pública de ações.

 

– Dívida líquida:

No ano de 2017, a dívida líquida bancária foi reduzida em R$ 525,3 milhões. Devido à melhoria na geração de caixa, e com os recursos líquidos obtidos com a oferta pública no final do mês de outubro no montante de R$ 541,7 milhões, reduziu-se drasticamente o endividamento. A dívida líquida que em 31/12/2016 era de R$ 513,9 milhões, tornou-se um caixa líquido de R$ 11,4 milhões em 31/12/2017.

 

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Pontos NEGATIVOS:

– Volume bruto:

No 4T17 o volume bruto das receitas totalizou 5,9 milhões de pares/pçs com queda de 10,1% comparado ao total do 4T16, de 6,6 milhões de pares/pçs. A variação deve-se à redução de calçados femininos pela continuidade da decisão estratégica, adotada a partir do 3º trimestre do ano (de direcionar a capacidade de produção de feminino para esportivo), e pela sazonalidade das vendas de outros calçados para o mercado externo.

No entanto, no ano de 2017 o volume bruto das receitas totalizou 24,4 milhões de pares/pçs, com crescimento de 3,0% quando comparado ao volume do ano de 2016, que foi de 23,7 milhões de pares/pçs. O destaque continua para os calçados esportivos, cujo crescimento obtido foi de 12,6%, e confecções com 30,5%.

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– Receita operacional líquida – Mercado Externo:

No mercado externo, a receita líquida no 4T17 foi de R$ 27,6 milhões, com queda de 19,8% em relação aos R$ 34,4 milhões registrados no 4T16. Em 2017, a receita líquida em 2017 foi R$ 140,9 milhões, 3,2% menor em relação aos R$ 145,6 milhões obtidos em 2016. Parte desta queda é justificada pela apreciação do Real frente ao Dólar americano no decorrer de 2017.

Conclusão sobre os resultados:

DE certa forma, os resultados de Vulcabrás me decepcionaram. A empresa apresentou uma redução bem grande da dívida bruta que já era esperado, porque ela já tinha anunciado que havia usado o dinheiro do follow-on para esse fim. A empresa inclusive virou caixa líquido nesse trimestre. O lucro líquido da companhia também teve um aumento considerável tanto na comparação trimestral quanto na comparação anual, mas….

A companhia não comparou os dados com o 3T2017 que foi um período melhor, tanto de receita líquida quanto de venda de pares de calçados. Outro fator que me incomodou foi a queda de margens no 4T2017 com relação ao ano de 2017. Olhem na tabela acima e vejam que tanto a margem bruta, quanto a Ebitda e a líquida são menores no 4T2017 que no anualizado.

Eu imaginava que a empresa já tinha começado o reposicionamento da marca Azaleia neste trimestre, mas pela conferência, esse reposicionamento só deve ser sentido no segundo semestre desse ano.

A companhia continua boa, mas precisaremos de um pouco mais de paciência nela para aguardar esse crescimento. Hoje ela opera com P/L de 13,65 um dos mais baixos do setor. (Alpargatas 21,98 e Grendene 12,65 apesar de todo o resultado financeiro). Cabe ressaltar que é mais fácil Vulcabrás crescer a taxas maiores que as outras duas.

Aproveito para lembrar que nossa primeira recomendação de Vulc3 foi quando ela ainda não fazia parte do NovoMercado em 03/2017 pelo preço de R$ 3,90, já são mais de 160% de alta.

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 Abraços e Bons Investimentos!

Daniel Nigri (analista CNPI)

Com a ajuda de Leo Bittencourt

 

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Elaborado pelo analista independente Daniel Isaac Nigri CNPI 1810, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário.

Este estudo é baseado em informações disponíveis ao público nos próprios sites de RI das empresas analisadas ou comparadas, consideradas confiáveis na data de publicação.

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O analista Daniel Isaac Nigri CNPI é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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