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Tesouro Prefixado, o golpe tá aí, cai quem quer?

O que mais tenho visto recentemente na internet são pessoas divulgando o Tesouro Prefixado a 12% e comentando: “Dobre seu capital em 7 anos!”

 

Pois bem, só esqueceram de dizer que ninguém sabe qual será a inflação nos próximos 7 anos e que dobrar o capital é o mesmo que obter um retorno de 100%.

 

E a questão que fica é: e se a inflação no período for de 100% também? Ou, quem sabe, 150%? De que adianta dobrar o capital? Nada, né? Você só perdeu tempo e dinheiro.

 

Mas, a título de curiosidade, é sempre bom consultar a história e ver como esse título se comportou nos últimos 5, 10, 15, 20 e 30 anos. Portanto, resolvi comparar a performance do Tesouro Prefixado 12,15% com o Ibovespa, o CDI e o IPCA+6,3% (título atrelado à inflação disponível hoje para compra). Veja só:

 

 

Tesouro Prefixado 12,15% x Ibovespa

 

– Últimos 30 anos:

– Ibovespa: 3.259,92% ✅

– Prefixado 12,15%: 2.952,74%

 

– Últimos 20 anos:

– Prefixado 12,15%: 879,15% ✅

– Ibovespa: 507,48%

 

Últimos 15 anos:

– Prefixado 12,15%: 454,66% ✅

– Ibovespa: 131,22%

 

Últimos 10 anos:

– Prefixado 12,15%: 213,2% ✅

– Ibovespa: 119,04%

 

Últimos 5 anos:

– Prefixado 12,15%: 76,93% ✅

– Ibovespa: 22,58%

 

Tesouro Prefixado 12,15% x CDI

 

Últimos 30 anos:

– CDI: 8.019,34% ✅

– Prefixado 12,15%: 2.952,74%

 

Últimos 20 anos:

– Prefixado 12,15%: 881,38% ✅

– CDI: 646,20%

 

Últimos 15 anos:

– Prefixado 12,15%: 454,66% ✅

– CDI: 280,28%

 

Últimos 10 anos:

– Prefixado 12,15%: 213,2% ✅

– CDI: 142,23%

 

Últimos 5 anos:

– Prefixado 12,15%: 76,93% ✅

– CDI: 47,14%

 

 

Tesouro Prefixado 12,15% x IPCA+6,3%

 

Últimos 30 anos:

– IPCA+6,3%: 4.909,56% ✅

– Prefixado 12,15%: 2.952,74%

 

Últimos 20 anos:

– IPCA+6,3%: 918,94% ✅

– Prefixado 12,15%: 881,38%

 

Últimos 15 anos:

– IPCA+6,3%: 483,50% ✅

– Prefixado 12,15%: 454,66%

 

Últimos 10 anos:

– IPCA+6,3%: 222,64% ✅

– Prefixado 12,15%: 213,2%

 

Últimos 5 anos:

– IPCA+6,3%: 80,36% ✅

– Prefixado 12,15%: 76,93%

 

Saldo final:

 

– Ibovespa oferece um risco maior e ganhou apenas na janela mais longa (30 anos).

– CDI oferece menos risco, mas ganhou apenas na janela mais longa (30 anos).

– IPCA+6,3%, além de oferecer menos risco, ainda ganhou em todas as janelas analisadas.

 

Riscos do prefixado:

 

Você nunca sabe qual será a inflação nos próximos anos. Se a inflação subir muito, o seu título prefixado vai se desvalorizar bastante e pode te entregar um retorno real pífio (quem sabe até negativo).

 

Em um país tão instável como o Brasil, a melhor alternativa para o investidor comum costuma ser os pós-fixados, pois com um título IPCA+6,3%, por exemplo, você pode garantir retornos superiores e com um risco muito menor.

 

A alocação em bolsa é interessante para aproveitar momentos de melhora da economia, nos quais as ações tendem a obter grande valorização. Em contrapartida, historicamente, a bolsa brasileira não teve um bom desempenho no longo prazo.

 

Porém, reforço: como ninguém sabe o futuro, pode ser que os próximos 20 anos sejam completamente diferentes. Sendo assim, é interessante e racional ter uma parte da carteira em bolsa.

 

Não se iluda em achar que os últimos 5, 10, 15, 20 ou 30 anos representam uma previsão do futuro. Não migre todo o seu portfólio para a renda fixa; afinal, podemos ver a bolsa brasileira surpreendendo positivamente nos próximos anos e a renda fixa ficando para trás. Não dá para saber; só nos resta diversificar e estar preparados para qualquer um dos cenários.

 

Grande abraço,

 

João Pedro Mello

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