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NDIV11: Primeiro ETF com pagamento de dividendo do mercado brasileiro

O primeiro ETF (fundo de índice) que distribui dividendos aos investidores chega à B3 nesta sexta-feira (29). O NDIV11 acompanha um índice também estreante, o Ibovespa Smart Dividendos B3, desenvolvido pela B3 para acompanhar empresas que se destacam no Ibovespa como boas pagadoras de proventos mensais em dinheiro, tanto de dividendos quanto de juros sobre capital próprio (JCP).

A novidade vem em meio à evolução do mercado de ETFs nas duas últimas décadas, período em que apresentou crescimento de 20% ao ano, com cerca de US$ 10,6 trilhões (aproximadamente, R$ 53 trilhões) sob gestão em julho de 2023, segundo dados da plataforma ETFGI. Só no Brasil, o volume investido em ETFs era de quase R$ 45 bilhões em agosto, de acordo com boletim da B3.

O Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) é resultado de uma parceria da gestora de fundos de investimentos da companhia, a Nu Asset Management, com a B3 (BVMF:B3SA3).

O ETF segue o Ibovespa Smart Dividendos B3, que contempla empresas listadas no mercado aberto com pagamentos recorrentes de dividendos, com maiores valores em relação ao preço do papel.

O novo índice rastreado pelo NDIV11 considera as empresas do Ibovespa B3 que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação, em critério que também será utilizado para ponderar o peso da ação na carteira, além da recorrência e menor oscilação nos proventos pagos. Com isso, terão maior peso na carteira as empresas que pagam maiores valores proporcionais, com frequência e valor constantes ao longo dos anos.

Como vai funcionar

A primeira carteira do Ibovespa Smart Dividendos B3 possui 21 empresas, com validade até 29 de dezembro de 2023, e rebalanceamento a cada quatro meses. Segundo a B3, caso existisse desde 2013, o índice teria acumulado valorização de 142% até o final de agosto. No mesmo período, o Ibovespa obteve variação positiva de 87%.

Disponível para investidores em geral, o NDIV11 tem liquidez de dois dias úteis, aporte mínimo de R$ 100 e taxa de administração de 0,5% (não há taxa de performance). O Imposto de Renda incide no momento da venda e se ocorrer ganho de capital. Já os valores de proventos pagos aos cotistas sofrem tributação de 15%, recolhida diretamente pelo administrador do fundo.

ETFs focados em pagamento de dividendos foram permitidos na B3 em janeiro deste ano, mas não haviam efetivamente chegado à Bolsa. Até então, os produtos voltados para estratégia de proventos reinvestiam os pagamentos para entregar valor ao investidor na forma de valorização da cota, caso do DIVO11 e do BBSD11.

A carteira

TAEE11 Taesa    5.80%

VIVT3    Telefônica Brasil 5.80%

BBSE3   BB Seguridade    5.69%

SANB11                Banco Santander (Brasil) 5.54%

EGIE3    Engie Brasil         5.49%

ITSA4    Itausa AS              5.36%

BBSA3   Banco do Brasil   5.31%

BRAP4  Bradespar            5.31%

CMIG4   Companhia Energética de Minas Gerais S.A              5.31%

CPLE6   Copel     4.83%

CPFE3  CPFL Energia     4.72%

CSNA3  Companhia Siderúrgica Nacional  4.62%

VALE3   Vale       4.59%

GGBR4 Gerdau  4.52%

VBBR3  Vibra Energia      4.39%

CYRE3  Cyrela    4.38%

GOAU4 Metalurgica Gerdau AS    4.24%

CIEL3    Cielo      4.21%

PETR4  Petrobrás              4.13%

CMIN3   CSN Mineração  2.97%

MRFG3 Marfrig   2.80%

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