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Resumo dos Resultados de Carrefour do 1T18

 

Grupo Carrefour Brasil (códigos Bovespa: CRFB3)

RESUMÃO – Resultados 1T18:

(Data de divulgação: 14 de Maio/2018)

(Dados retirados do site de RI)

Pontos POSITIVOS:

– Crescimento nas vendas apesar da deflação de alimentos:
Crescimento de +6,0% das vendas brutas para R$13,0 bilhões no 1T18. Com aumento de +0,4% de Vendas mesmas lojas (LfL) ex-gasolina (+2,3% incluindo efeito calendário) e aumento de +3,7% relacionado a Expansão (4 novas lojas Atacadão no 1T18).

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A empresa apresentou este aumento mesmo num contexto de forte deflação de alimentos (-4% no 1T18 vs +4,6% no 1T17, conforme o gráfico abaixo).

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– Forte crescimento do E-commerce:
O e-commerce foi o segmento que mais cresceu dentro do Carrefour Varejo e já representa 6,3% das vendas ex-gasolina no 1T18 (no 1T17, o e-commerce representava pouco mais de 3% das vendas). O GMV (“Gross Merchandise Volume”) cresceu 103% no 1T18 na comparação com o 1T17, com as vendas online do Carrefour aumentando 80,6%. O Marketplace representou 11% do GMV total. O ticket médio teve um aumento de +13% e número de pedidos de +90%, apresentando uma evolução bem superior ao do mercado. O número total de “sellers” no marketplace alcançou 134 ao final de março vs. 75 em dezembro. Em 1T18, estenderão a opção de colocar pedidos de e-commerce de alimentos através do website, o que resultou em um aumento de mais de 20x no volume de pedidos. Adicionalmente, ampliaram o alcance da área de entrega de e-commerce alimentar na cidade de São Paulo.

 

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– Atacadão – crescimento das vendas e do lucro:
As vendas brutas do Atacadão cresceram 5,7% no 1T18 para R$ 8,4 bilhões, das quais 0,5% LfL (1,4% incluindo o efeito calendário). O crescimento do Atacadão foi sustentado pelos ganhos contínuos nos volumes de itens vendidos, que compensaram a persistente deflação de alimentos (-4,0% no 1T18), em especial das commodities, especificamente feijão (-35,8%), açúcar (-14,5%) e arroz (-11,2%). A margem bruta aumentou 0,85 p.p. para 14,7% no 1T18, devido principalmente aos créditos fiscais recorrentes (contabilizados em 2017, apenas a partir do segundo trimestre) e aos ganhos de eficiência operacional. O EBITDA ajustado do Atacadão subiu 15,9% no 1T18 para R$ 467 milhões, enquanto a margem EBITDA cresceu 0,56 p.p. para 6,1%.

No 1T18, o Carrefour abriu 4 novas lojas Atacadão (1 nova loja em Rondônia, 1 na Bahia e 2 no Rio de Janeiro), com previsão de mais 6 lojas a serem inauguradas no 2T18, em linha com o plano de abertura de 20 lojas em 2018. A área de vendas do Atacadão teve aumento de 8,5% nos últimos 12 meses.

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– Carrefour Varejo – crescimento do EBITDA ajustado por meio de ganhos de eficiência e rígido controle de despesas:
As vendas brutas do Carrefour Varejo cresceram 6,6% para R$ 4,6 bilhões no 1T18, das quais 0,1% LfL (4,3% incluindo o efeito calendário). As vendas de não-alimentos se mantiveram sólidas no trimestre, impulsionadas pelos eletrodomésticos, que tiveram um crescimento de dois dígitos como resultado das contínuas iniciativas para dinamizar as vendas nos hipermercados. As categorias de alimentos continuaram sendo afetadas pela deflação dos alimentos. A Páscoa estimulou as vendas nos hipermercados, registrando um aumento de 4,1% na comparação com a Páscoa de 2017.

No 1T18, do ponto de vista negativo, a margem bruta teve queda de 1,36 p.p. para 24,3%, como resultado da maior contribuição do e-commerce e de eletroeletrônicos no mix de vendas, que possuem menor margem. A queda da margem bruta, no entanto, foi compensada por ganhos de eficiência na organização das lojas e pela rígida administração dos custos de distribuição. Em termos absolutos, os custos de distribuição foram 1,4% inferiores no 1T18 e representaram 20,0% das vendas líquidas, uma queda de 1,41 p.p. na comparação com o ano anterior. Dessa forma, o EBITDA aumentou 7,0% para R$ 184 milhões no 1T18, enquanto a margem EBITDA ficou basicamente estável em 4,3%.

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– Carrefour Soluções Financeiras (CSF):
No 1T18, o faturamento do Banco CSF cresceu 37,5% para cerca de R$ 5,8 bilhões. O faturamento do cartão de crédito Carrefour subiu 11,3% para R$ 4,5 bilhões enquanto o faturamento do cartão de crédito Atacadão alcançou R$ 1,2 bilhão, representando 20% do total. A carteira de crédito total cresceu 23,6% para R$ 6,6 bilhões no final de março e o número de cartões somou 7,3 milhões, com mais de 1,2 milhão de cartões Atacadão. A receita apresentou crescimento pela primeira vez em três trimestres, com um aumento de 8,7% para R$ 574 milhões, apesar da queda nas taxas de juros. O EBITDA ajustado aumentou 25,0% para R$ 219 milhões, em comparação com o 1T17, apesar do investimento no valor de R$ 1 milhão no cartão Atacadão, ainda em fase de expansão.

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É importante observarmos no gráfico anterior, que a qualidade da carteira segue melhorando no trimestre. Os empréstimos vencidos há mais de 90 dias totalizaram 9,4% da carteira total no 1T18, em comparação com 12,9% no 1T17. E a provisão para risco de crédito ficou em R$ 781 milhões, uma queda de 4,7% em comparação com 1T17.

 

– Endividamento:
Desde o IPO, o perfil da dívida do Carrefour e os resultados financeiros melhoraram de forma significativa, utilizaram os recursos do IPO para liquidar todos os empréstimos “mútuos” junto ao Grupo Carrefour, reduzindo a dívida bruta em aproximadamente R$ 3 bilhões. O custo médio da dívida também foi reduzido, como resultado da eliminação do risco cambial e das menores taxas de juros, em linha com a redução do endividamento no período. Além disso, alongaram o prazo médio da dívida, de menos de um ano para aproximadamente três anos, com a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures em abril de 2018.

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– Lucro líquido:
O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores cresceu 73,9% para R$ 280 milhões no 1T18 (margem líquida de 2,4% em relação à margem de 1,4% do 1T17).

 

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Pontos NEGATIVOS:

– Despesas de Vendas Gerais e Administrativas:
As despesas consolidadas com vendas, gerais e administrativas (DVG&A) aumentaram 3,5% no 1T18 para R$ 1,7 bilhão, no entanto do ponto de vista positivo, estas despesas representaram 14,4% das vendas líquidas consolidadas, uma queda de 0,30 p.p. em relação ao 1T17, que era 14,7%. Essa redução reflete os esforços para o controle dos custos no Carrefour Varejo, o que ajudou a mitigar o aumento de 9,3% das despesas VG&A no Atacadão (que foram despesas decorrentes da abertura de quatro novas lojas, assim como várias lojas em construção).

 

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Conclusão sobre os resultados:

Quando analisamos o terceiro trimestre de 2017 de Carrefour há 6 meses atrás, clique aqui vimos que Carrefour tinha bons resultados, com crescimentos consistentes dos lucros e das receitas, mas enfrentava dois problemas principais. O primeiro que o seu resultado vinhe prioritariamente da operação do Atacadão. Esta é a operação que mais crescia e que carregava a operação de Varejo e da Financeira nas costas. O segundo ponto era a deflação de alimentos que trazia muitos problemas para o crescimento das receitas como Carrefour vinha alcançando até 2016.

Neste trimestre, vimos que a operação de Varejo e da Financeira tiveram uma melhora considerável, com alta de 7% no Ebitda do Varejo e incríveis 25% de alta no Ebitda da CSF, puxado pelo aumento de cartões Atacadão acima das expectativas da própria companhia.

A questão da deflação permanece atrapalhando o crescimento de receitas da empresa, mas a empresa conseguiu compensar isso com uma melhora operacional que resultou em um aumento da margem Ebitda em 0,6p.p, saindo de 6,5% para 7,1%.

Pensando no próximo trimestre, essa paralisação deve trazer muitos problemas para os resultados de Carrefour, principalmente pelas quedas nas vendas, mas também por estragar produtos perecíveis. Mesmo assim pode vir um resultado ruim pontualmente, que na minha visão não atrapalha os fundamentos da empresa, e sua política de expansão de lojas e de novas formas de comércio, como a venda pelo app.

Confira também os resultados de RD Raia Drogasil, clicando aqui.

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 Abraços e Bons Investimentos!

Daniel Nigri (analista CNPI)

Com a ajuda de Leo Bittencourt

 

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Elaborado pelo analista independente Daniel Isaac Nigri CNPI 1810, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário.

Este estudo é baseado em informações disponíveis ao público nos próprios sites de RI das empresas analisadas ou comparadas, consideradas confiáveis na data de publicação.

As opiniões, aqui expressas, estão sujeitas a mudanças, por se tratarem de estimativas baseadas em fundamentos e projeções de futuro que podem ou não ocorrer.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros.

As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre o analista responsável e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver as próprias análises e estratégias. (Caminhar com as próprias pernas e ter bom senso)

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O analista responsável pela elaboração deste relatório declara, nos termos do artigo 17º da Instrução CVM nº 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente a sua opinião pessoal e foram elaboradas de forma independente.

O analista Daniel Isaac Nigri CNPI é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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