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Dias de quedas fortes na história da bolsa brasileira

Dias de quedas fortes na história da bolsa brasileira

Você achou o dia de ontem a Bolsa despencou? Resolvi falar os fatos históricos que fizeram a bolsa realmente despencar.

Antes de falar de grandes quedas históricas vou descrever duas que me marcaram muito.

Setembro trágico

O mundo testemunhava o ataque terrorista que mudaria repentinamente a história da economia. Após os aviões atingirem os prédios do World Trade Center, em Nova York, o mercado financeiro entrou em pânico. A Bolsa de Nova York, por exemplo, ficou fechada por quatro dias seguidos. O colapso financeiro frente às incertezas econômicas se alastrou fazendo com que o Ibovespa despencasse 9,18% naquela terça-feira, aos 10.827 pontos.

“Joesley day”

O Ibovespa, caiu 8,8%, a 61.597 pontos. Veja a cotação. Foi a maior queda diária desde o dia 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%, reagindo à crise financeira internacional, segundo a provedora de informações financeiras Economatica. É também o menor patamar desde janeiro deste ano, quase anulando os ganhos obtidos no acumulado do ano.

O número de negócios atingiu a marca recorde de 3.107.723 no segmento Bovespa, segundo a B3. O recorde anterior era de 2.582.718 negócios, registrado em 27/10/2014.

o mercado reagindo à turbulência política iniciada na véspera (17). O jornal “O Globo” publicou notícia de que o dono da JBS gravou o presidente da República, Michel Temer, dando aval para comprar silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Cinco grandes quedas históricas do Ibovespa

Plano Collor

A maior queda da história do Ibovespa aconteceu em 21 de março de 1990. Naquela quarta-feira o principal índice da bolsa brasileira despencava 22,27%, após o pânico do mercado causado pelo Plano Collor. O então presidente determinava o bloqueio das cadernetas de poupança até o limite de 50 mil cruzados novos. O valor excedente aos 50 mil cruzados novos, que era reajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), passou a ser reajustado pelo Bônus do Tesouro Nacional Fiscal (BTNF).

Congelamento do Collor

Véspera do dia quem marcou a maior queda do Ibovespa, a terça-feira de 20 de março de 1990 já também mostrava a sangria desatada e o elevado pessimismo do mercado com os rumos da economia. Era a prova de que o confisco traumatizava o mercado e ficaria gravado na história. O mercado já buscava vender o maior número de ativos em renda variável para cobrir as perdas provocadas pelo congelamento anunciado por Fernando Collor. Com isso, o Ibovespa afundava 20,95%.

Black Monday

O dia 19 de outubro de 1987, eternizado como Black Monday, entrou para a história quando o índice Dow Jones, o principal da bolsa de Nova York, registrou a sua maior queda, impressionantes 22,6%. De acordo com dados levantados pela Economatica, a terceira maior queda da história do Ibovespa se deu no dia seguinte, em 20 de outubro de 1987, com uma desvalorização de 16,17%. Até hoje 1987 ainda gera polêmica. Duas hipóteses são citadas para explicar o movimento. A primeira é o mercado futuro. Os contratos futuros no índice S&P 500 eram praticamente novos e, conforme as ações caíam naquele dia, alguns investidores vendiam os contratos, levando a um tombo ainda maior dos papéis. A outra explicação seria a de um erro em programas de computador. A queda, entretanto, também foi verificada em mercados que não tinham os programas.

Moratória da Rússia

Nos meses de agosto e setembro de 1998, o Ibovespa sofreu algumas interrupções nos negócios por meio do circuit braker, mecanismo que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o rebalanceamento das ordens de compra e de venda, com o mercado parando por 30 minutos todos os negócios na bolsa. O pânico era causado pela moratória da Rússia, que vivia uma grave crise com a forte desvalorização de sua moeda (rublo). Na época, o país esperava uma renegociação de sua colossal dívida externa. Enquanto isso, a bolsa brasileira despencava 15,83%

Crise financeira asiática

A quinta maior queda do Ibovespa aconteceu em 27 outubro de 1997, uma segunda-feira na qual o principal índice da bolsa despencou 14,98%. Naquela época, a crise financeira asiática contagiava os mercados globais. Os países do Sudeste e Nordeste asiático sofriam com a forte desvalorização de suas moedas, devido à massiva fuga de capital. A Tailândia, por exemplo, apresenta um dos maiores colapsos econômicos da época, após uma gigantesca dívida externa.

A Bolsa de Valores despencou! E agora?

Independente do seu perfil de investidor, uma coisa é certa: a queda da Bolsa pode trazer excelentes oportunidades tanto no curto, quanto no médio e longo prazo. Para isso, você precisa ter uma estratégia bem definida e que possibilite aproveitar esses revezes do mercado.

Quer seja para especular e lucrar com a queda de algum ativo, quer seja para comprar algum papel por um preço muito mais baixo do que você compraria caso a Bolsa estivesse em alta e não em baixa, é importante saber que é possível se beneficiar dos momentos ruins do mercado.

Afinal, na hora da bonança todo mundo ganha dinheiro (ou diz que ganha), mas na hora que a coisa aperta é que se separam os grandes investidores daqueles medianos. Se quiser ter sucesso nos seus investimentos, é bom se preparar para as quedas, pois, mais cedo ou mais tarde, elas virão! Sempre foi assim e sempre será.

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