A resiliência da Cielo frente à inflação

Ao longo dos últimos 2 anos, o Brasil e o mundo têm vivido um cenário de alta da inflação. De forma simples, podemos descrever a inflação como a perda do poder de compra do nosso dinheiro, ou seja, hoje, você precisa gastar mais dinheiro para adquirir os mesmos produtos e serviços que adquiria anteriormente.

Diante desse cenário, um dos movimentos mais comuns de observarmos é o de subida nas taxas de juros. De 2020 até 2022, o Banco Central elevou a taxa Selic de 2% ao ano para 13,75%. Uma alta bastante significativa que vem em linha com o objetivo de contenção do avanço da inflação.

Sabemos que os juros altos costumam prejudicar as empresas. Quando uma empresa ou indivíduo tem a possibilidade de alocar seu capital recebendo quase 14% ao ano com um risco baixíssimo, empreender e arriscar seu patrimônio em um investimento mais arrojado fica extremamente desvantajoso. Naturalmente, tendo em vista o exposto, com cada vez menos incentivo ao surgimento e desenvolvimento de negócios, menos empregos são gerados, menos impostos são recolhidos e por aí vai…

Por outro lado, existem algumas empresas que conseguem contornar essa situação e ao invés de serem prejudicadas pela alta da inflação e dos juros são beneficiadas. Esse é o caso da Cielo.

Tenho quase certeza de que você conhece a Cielo, a companhia líder do mercado de adquirência do Brasil. Apresentando-a brevemente, quase 10% do PIB do Brasil passa pelas suas maquininhas de cartão e a companhia possui aproximadamente 30% de participação de mercado. Além disso, vale a pena ressaltar que os dois grandes sócios da Cielo são: Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), dois dos cinco “bancões” do nosso país.

Fonte: RI da empresa

Para os que não estão familiarizados com o setor, o negócio da Cielo funciona, de maneira resumida, da seguinte forma: a Cielo oferece suas maquininhas para empresas que desejam dar a opção para os clientes pagarem através do cartão de crédito ou débito. Nesta transação, o banco ganha uma parcela da intermediação, a Cielo ganha sua taxa de administração e as donas das bandeiras do cartão ganham também.

O ponto importante a ser notado é que, como dito anteriormente, a remuneração da Cielo vem por meio de uma taxa sobre o volume financeiro que passa pela maquininha. Desse modo, se a taxa representa um percentual do valor da compra, quanto mais cara (mais dinheiro requerido) for essa compra, mais dinheiro a Cielo receberá. Concorda?

Sendo assim, durante um período de alta da inflação, em que precisamos gastar mais dinheiro para obter os mesmos bens e serviços, mais custosas ficam as contas a serem pagas na maquininha de cartão e, portanto, mais a Cielo ganha em volume financeiro. Repare como o volume cresceu no comparativo do 2T21x2T22:

Fonte: RI da empresa

E podemos ir além. Um dos segmentos mais representativos no volume de transações da Cielo é o de varejo. Sabendo que juros e inflação altos são seriamente danosos para as varejistas, dado que preços elevados normalmente afugentam o consumidor e criam fortes guerras de preços, essas empresas tendem a utilizar um recurso disponibilizado por algumas redes de adquirência: antecipação de recebíveis.

Essa, por si só, já representa uma vantagem para a Cielo. Isso porque as concorrentes da companhia não possuem os sócios controladores que ela possui, Banco do Brasil e Bradesco. Com duas robustas instituições financeiras por trás, a Cielo possui o diferencial de conseguir antecipar mais recebíveis do que suas concorrentes. Por fim, sabendo que a necessidade de capital pelas varejistas é bem alta durante um período de vendas fragilizadas, ter a Cielo ao seu lado pode ser interessante. Logo, pode ser também uma maneira da Cielo aproveitar o momento para voltar a ampliar seu market share.

Mas, isso é uma conversa para depois…

 Para finalizar, compreendendo que quanto mais a inflação sobe, mais volume financeiro proveniente das transações a Cielo ganha, entendemos o porquê a companhia pode ser um negócio resiliente frente à inflação.

Fez sentido?

Grande abraço e bons investimentos,

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