Taxa de desemprego cai para 8,1% em novembro, dentro do esperado pelo mercado

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,1% no trimestre móvel encerrado em novembro, uma queda de 0,9 ponto ante os três meses anteriores. Em outubro, a taxa estava em 8,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado ficou dentro do esperado pelo mercado, que previa uma taxa de desocupação exatamente de 8,1%, segundo o consenso Refinitiv.

O número de desempregados caiu para 8,7 milhões, o menor contingente desde o trimestre terminado em junho de 2015. São 953 mil pessoas a menos em busca de emprego no país (-9,8%).

A taxa de desocupação vem caindo de forma significativa há seis trimestres móveis consecutivos. De acordo com a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, a retração no trimestre encerrado em novembro é explicada pelo aumento de 0,7% na ocupação no período, que novamente atingiu o maior nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Esse percentual equivale a um acréscimo de 680 mil pessoas no mercado de trabalho.

Com e sem carteira

O principal impacto para o aumento da ocupação no trimestre encerrado em novembro veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que ampliou o contingente em 2,3% (ou 817 mil pessoas a mais). No ano, o contingente de trabalhadores com carteira no setor privado se expandiu 7,5%, um crescimento de 2,6 milhões de pessoas.

Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável frente ao trimestre anterior. Esse contingente representava, no trimestre até novembro, 13,3 milhões de pessoas. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, houve aumento de 9,3% (ou 1,1 milhão de pessoas).

Outra categoria representativa dentro do mercado de trabalho informal é a dos empregadores sem CNPJ, que ficaram estáveis frente ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2021. Já o número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ caiu 2,9% frente ao trimestre anterior (menos 563 mil pessoas) e 4,1% em relação ao trimestre terminado em novembro de 2021 (menos 796 mil).

Quando considerados os empregadores como um todo, somados formais e informais, a categoria ficou estável frente aos três meses anteriores, mas cresceu 12,0% em relação ao mesmo período de 2021. Esse número foi impactado sobretudo pelo crescimento de 12,5% no número de empregadores com CNPJ, o que equivale a 389 mil pessoas.

Com o aumento do número de trabalhadores, o nível da ocupação, percentual de ocupados na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,4%, uma variação de 0,3 ponto porcentual ante o trimestre anterior (57,1%).

Desalentados

A população fora da força de trabalho cresceu 1,0% no trimestre, o que representa 660 mil pessoas a mais. Já entre os que formam a força de trabalho potencial, houve uma redução de 454 mil pessoas (-5,8%). Essa categoria reúne aqueles que não estavam ocupados nem procuravam uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de trabalho.

No mesmo período, os desalentados foram estimados em 4,1 milhões. Houve redução de 4,8% frente ao último trimestre (ou menos 203 mil pessoas).

Setores

Em relação aos grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento no contingente de trabalhadores dos setores de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,6%, ou mais 307 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais 319 mil pessoas). Na última categoria, os segmentos de saúde e educação se destacaram no avanço da ocupação.

O setor comercial, que costuma oferecer mais oportunidades de trabalho com a proximidade das festas de fim de ano, foi um dos que não avançaram significativamente na comparação com o trimestre anterior. Além do comércio, os outros grupamentos de atividades pesquisados também ficaram estáveis no trimestre.

Rendimento

O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.787, um aumento de 3,0% em relação ao trimestre encerrado em agosto. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 7,1%.

A massa de rendimento também cresceu nas duas comparações e chegou a R$ 273 bilhões, novamente atingindo um recorde na série histórica da pesquisa. Frente ao trimestre anterior, o aumento foi de 3,8%, ou mais R$10,1 bilhões.

Fonte: IBGE e Informoney

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